Francisco: o guardião da Casa Comum

  • 21/04/2025
(Foto: Reprodução)
Pontífice deu voz à Terra ao publicar um documento papal que falava sobre o cuidado com o meio ambiente. Papa Francisco em cerimônia nos jardins do Vaticano realizada com indígenas da Amazônia Divulgação/Vatican News Na manhã desta segunda-feira (21) o mundo recebeu a notícia da morte do Papa Francisco, Pontífice da Igreja Católica desde 2013 e uma das vozes mais marcantes do nosso tempo em defesa da dignidade humana e da natureza. Francisco será lembrado não apenas como o primeiro Papa jesuíta e latino-americano, mas como aquele que assumiu, com coragem, a missão de reconciliar a humanidade com a criação. Desde os primeiros momentos de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio demonstrou que seu olhar para o mundo não se limitaria às estruturas da Igreja. Inspirado por São Francisco de Assis, o santo da simplicidade e do amor pelos pobres e pela natureza, o Papa Francisco adotou uma postura forte diante da crise ecológica que marca o século XXI. Sua encíclica Laudato Si', publicada em 2015, foi um marco histórico: um documento papal que tratava de forma muito direta e profunda as questões ambientais, com uma urgência espiritual, ética e social. A encíclica Laudato Si', publicada em 2015, é um documento papal que tratava de forma muito direta e profunda as questões ambientais, com uma urgência espiritual, ética e social Vatican News “Tudo está estreitamente interligado”, escreveu Francisco, convidando os povos do mundo a uma “conversão ecológica”. Outros trechos falam sobre como devemos observar para nos encantar: “Então, ao nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, brotarão do encantamento a sobriedade e a generosidade. O mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor”, traz um dos trechos. Em outro parágrafo, o Papa fala da inspiração que vem de São Francisco de Assis e do seu exemplo de amor pela natureza: “São Francisco, fiel à Sagrada Escritura, propõe-nos reconhecer a natureza como um livro esplêndido onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bondade: «Na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analogia, o seu Criador» (Sab 13, 5) e «o que é invisível n’Ele – o seu eterno poder e divindade – tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras» (Rm 1, 20). Por isso, São Francisco pedia que, no convento, se deixasse sempre uma parte do horto por cultivar para aí crescerem as ervas silvestres, a fim de que, quem as admirasse, pudesse elevar o seu pensamento a Deus, autor de tanta beleza”, detalhou Papa Francisco. A carta traz ainda outros pontos como perda da biodiversidade, a questão a água, os efeitos destrutivos do modelo de desenvolvimento atual, a cultura do descarte, o consumismo desenfreado e a indiferença diante do sofrimento da Terra. Papa Francisco não falou apenas aos católicos, mas a toda a humanidade, promovendo o cuidado com a Casa Comum como um dever coletivo, que ultrapassa fronteiras religiosas, políticas e econômicas Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) Ele não falou apenas aos católicos, mas a toda a humanidade, promovendo o cuidado com a Casa Comum como um dever coletivo, que ultrapassa fronteiras religiosas, políticas e econômicas. Em outro trecho, Francisco é ainda mais detalhista: “Possivelmente perturba-nos saber da extinção dum mamífero ou duma ave, pela sua maior visibilidade; mas, para o bom funcionamento dos ecossistemas, também são necessários os fungos, as algas, os vermes, os pequenos insetos, os répteis e a variedade inumerável de microrganismos”. A morte do Papa Francisco encerra um capítulo singular da história da Igreja, mas sua herança ecológica permanecerá viva. Algumas espécies pouco numerosas, que habitualmente nos passam despercebidas, desempenham uma função censória fundamental para estabelecer o equilíbrio dum lugar”, complementa. Em um tempo marcado por questões climáticas e degradação ambiental, sua voz irá ressoar para sempre como um alerta e uma esperança: ainda é possível cuidar do planeta. Que seu legado nos inspire a escutar o “grito da Terra e o grito dos pobres” e a agir com urgência, como ele tanto nos pediu. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2025/04/21/francisco-o-guardiao-da-casa-comum.ghtml


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