PF prende 3 em operação contra quadrilha que exportava cocaína para Europa e Dubai
02/04/2025
(Foto: Reprodução) Grupo do interior de SP seria responsável pela preparação, embalagem e envio das drogas. Outros dois alvos já tinham sido presos em 2024. Polícia Federal de Campinas realiza operação contra tráfico de drogas
A Delegacia da Polícia Federal de Campinas (SP) prendeu três pessoas, na manhã desta quarta-feira (2), durante a operação White Coffee, que investiga uma organização criminosa do interior de São Paulo suspeita de exportar cocaína para países da Europa e Dubai.
Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas cidades de Campinas (SP), Santo Antônio de Posse (SP) e na capital paulista. Todos foram expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal.
Além dos três detidos, outros dois alvos já tinham sido presos no ano passado. Até a manhã desta quarta, três suspeitos não tinham sido encontrados.
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Como a quadrilha agia
De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos atuavam desde a manipulação química da droga, o que incluía fentanil, até a preparação do envio. As substâncias eram enviadas para países como:
Portugal
Inglaterra
Alemanha
Dinamarca
Dubai
Para despistar a fiscalização, os traficantes enviavam os entorpecentes em remessas expressas juntamente a outros objetos comuns.
Porções de cocaína embaladas por investigados
Polícia Federal/Divulgação
Um exemplo da prática foi flagrado em setembro de 2024, quando a Polícia Militar descobriu uma laboratório clandestino de drogas na Avenida Francisco Glicério, em Campinas.
Na ocasião, os agentes apreenderam um quilo de cocaína que seria enviada para a Itália dentro de garrafas térmicas. Dois homens foram presos.
Ainda segundo a PF, a quadrilha alvo da operação fazia o uso de uma empresa de fachada e demonstrava expertise na administração financeira do tráfico.
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Como as investigações começaram
A organização criminosa passou a ser investigada após a descoberta do laboratório clandestino, onde foram encontradas anotações sobre o esquema em folhas do papel.
Com esse material e por meio da análise de dados telefônicos, financeiros e bancários, a PF descobriu a existência de um grupo sofisticado voltado à preparação, embalagem e envio das drogas.
Crimes investigados
Os crimes sob apuração são:
tráfico internacional de drogas;
associação para o tráfico;
lavagem de dinheiro.
Somadas, as penas chegam a 40 anos, segundo a PF. Além dos mandados de prisões e buscas, foi decretado o bloqueio de bens e valores que vierem a ser encontrados.
A operação leva o nome de White Coffee (do inglês, café branco), em referência ao termo 'café', que era usado pelos investigados para se referirem à cocaína.
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